terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Eu, mãe da minha mãe!


Vendo minha mãe nesta foto tirada há 4 anos,
fico pensando em como era bom tê-la lúcida entre nós.
Morro de saudade desse olhar meio sem jeito quando ela tirava fotos.

Minha mãe sempre foi muito ativa, não parava em casa, dirigia o seu
fusca, o qual, todo Natal meu pai a presenteava com um novo...e ia
para cima e para baixo em seu fusca novo, toda contente!
Depois, sofreu um acidente com meu pai, nada grave, mas ela se assustou
e nunca mais quis dirigir.
Aí, foi a era do Táxi! Era a rainha do táxi!
Todos os motoristas a conheciam...ahahahaha...

E assim o tempo passou e meu paizinho faleceu em 2004 para nossa tristeza.
Minha mãe ficou sem chão.
Até hoje ela sofre a falta dele...eles eram muito unidos.
Mas continuando, depois que meu pai faleceu, ela mesmo sem chão, tinha os bisnetos
para ver e se entreter, e assim, novamente o tempo foi passando.
De repente, um diagnóstico de demência foi feito à ela e toda família ficou muito
apreensiva.
Médicos neurologistas, testes e mais testes com psicólogos...tentativas e mais tentativas em vão, pois, os anos (uns 3 anos)passaram e a doença transformou-se no mal de Auzheimer.
Ahhhh, foi muito triste pra mim. Fiquei mesmo bem chateada...
Com medo de perder minha mãe, pois sei bem como se desenvolve essa doença e,
até que ponto ela vai...enfim tivemos que aceitar e conviver com essa nova realidade.

Hoje ela está muito bem de saúde, mas a memória está indo embora.
A cada ano que passa, ela fica pior.
Nos reconhece ainda, mas já não reconheço o olhar da minha mãe. Muito triste.

Já aceitei... mas sinto como se fosse uma outra pessoa no corpo da minha mãe.
Amo do mesmo jeito.
Mas sinto muito a falta da outra...
Sinto falta de ter minha mãe comigo, brigando, me dizendo coisas gostosas, conversando
sobre tudo...me apoiando.

Enfim...ela é muito querida e muito amada por todos.
Tem o olhar terno, esperançoso...
Um jeitinho especial de receber as visitas quando elas chegam...
Tornou-se engraçada e que acha tudo engraçado.
Não tem dor, graças à Deus!
Muito bom, pois sabemos que ela não está sofrendo.


O porque dessas coisas a gente só vai saber mais tarde, em outros tempos e outros ares...
E agora é: eu, mãe da minha mãe!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Meu filho Máximo está morando há 4 meses em São Luis do Maranhão...
Morro de saudades dele, meu menino, companheiro, muito querido mesmo!!!!
Daqui uns meses ou quem sabe, no mês que vem eu vá encontrá-lo lá para matar 
essa saudade sem fim...
Te amo filhãooooooooo lindoooooo!!!!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Amo poesias...amo quem as escreve e mais ainda...adoraria escrever mais e mais e mais...

Não sei bem porque gosto tanto de poesia...
Tenho realmente fome, necessidade em ler e me identificar com as palavras dos meus autores favoritos.
Acho, que eles dizem melhor do que eu, o que estou sentindo e assim me alimento dos seus poemas
como se eles me fizessem transpor carências e desejos.
Hoje por exemplo estou dividida entre meu sossego interior e meu cotidiano conturbado.
Um reflete minha alma alimentada, satisfeita e renovada e o outro meu dia-a-dia de luta externa,
a mesmice de comportamentos que me deixam imensamente insatisfeita comigo mesma por não conseguiu mudar o que gostaria de mudar.
Essa falta de atitude me remete ao passado e não me sinto bem com isso...
Fico me perguntando porque as pessoas insistem em se trancar num mundo só delas (um mundo diga-se
de passagem ao qual pertencemos ativamente) e de repente preferem nos abstrair desse mundo como se
nada fôssemos...essa atitude me entristece profundamente e me faz refletir...
Bem, como a vida continua, o melhor a fazer é ocupar os pensamentos com o trabalho útil e produtivo não acham?
Até uma outra oportunidade...

Esse é demais!!! Bem o que eu gostaria de dizer...



Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,

que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos

caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos

ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Pessoa

Hoje quero muita poesia para poder respirar e acalmar meu coração!!!!


Chamo-Te

Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.

Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só de Teus olhares me purifique e acabe.

Há muitas coisas que não quero ver.

Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o Teu reino antes do tempo venha
E se derrame sobre a Terra
Em Primavera feroz precipitado.



Sophia de Mello Breyner Andresen

Trecho do "Poema do menino Jesus"


"Num meio-dia de fim de primavera,
Eu tive um sonho como uma fotografia.
Eu vi Jesus Cristo descer à Terra.
Ele veio pela encosta de um monte,
Mas era outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva,
A arrancar flores para deitar fora,
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Ele tinha fugido do céu,
Era nosso demais para fingir-se
De segunda pessoa da trindade.
Num dia que Deus estava dormindo,
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi até a caixa dos milagres e roubou três:
Com o primeiro,
Ele fez com que ninguém soubesse que ele tinha fugido;
Com o segundo,
Ele se criou eternamente humano e menino;
E com o terceiro,
Ele criou um cristo eternamente na cruz,
E deixou-o pregado na cruz que há no céu,
E que serve de modelo às outras.
Depois ele fugiu para o sol,
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje ele vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita, de riso natural,
Limpa o nariz com o braço direito,
Chapinha nas poças d'água,
Colhe as flores, gosta delas, esquece...
Atira pedra aos burros,
Colhe as frutas nos pomares,
E foge a chorar e a gritar dos cães.
Só porque sabe que elas não gostam,
E que toda gente acha graça,
Ele corre atrás das raparigas que levam as bilhas na cabeça,
E levanta-lhes a saia.
A mim, ele me ensinou tudo.
Ele me ensinou a olhar para as coisas,
Ele me aponta todas as cores que há nas flores,
E me mostra como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão e olha devagar pra elas.
Damo-nos tão bem um com outro na companhia de tudo,
Que nunca pensamos um no outro.
Vivemos juntos os dois, como um acordo íntimo.
Como a mão direita, e a esquerda.
Ao anoitecer, nós brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa.
Graves, como convém a um Deus, e a um poeta.
Como se cada pedra fosse todo o universo,
E fosse um perigo muito grande deixa-la cair no chão.
Depois eu lhe conto histórias das coisas só dos homens.
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ele ri dos reis, e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras e dos comércios.
Depois ele adormece,
E eu o levo no colo para dentro da minha casa,
Deito-o na minha cama,
Despindo-o lentamente,
Como seguindo um ritual todo humano e todo materno,
Até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma.
Às vezes ele acorda de noite,
Brinca com meus sonhos,
Vira uns de perna pro ar,
Pões uns por cima dos outros,
E bate palma sozinho,
Sorrindo para o meu sono.
Quando eu morrer filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno,
Pega-me tu ao colo,
E leva-me para dentro da tua casa,
Deita-me na tua cama,
Despe o meu ser,
Cansado e humano,
Conta-me histórias,
Caso eu acorde para eu tornar a adormecer
E dá-me sonhos teus
Para eu brincar."
Trecho do "Poema do menino Jesus"
(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Um pouco da sabedoria de Madre Teresa de Calcutá!

Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão.
Madre Teresa de Calcutá

É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado.
Madre Teresa de Calcutá
O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.
Madre Teresa de Calcuta
Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.
Madre Teresa de Calcuta
As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.
Madre Teresa de Calcutá