segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Espera

E assim,
Sigo a te esperar...
Espero com calma...calada...
Imaginando mim maneiras de te acordar.
Te acordar deste pesadelo,
deste destino traiçoeiro,
deste golpe que o levou prá tão longe de mim...
Espero vendo meus dias
ficarem cada vez mais lentos...
Não passam as horas,
Não passam os dias,
as noites se arrastam num eterno esperar...
O pensamento vagueia por um caminho
onde com certeza deves estar e
mesmo assim não consigo te encontrar...
E assim, sobrevivo...
Me agarro neste amor que tanto prezo
Me agarro na esperança do teu rápido regresso.
Volta, meu querido!
Vem colorir novamente meus dias
Vem, eu continuo aqui...
Rezando por ti!

Thais...1997

Ah...esse poema escrevi qdo meu marido perdeu seu filho de 7 anos, Leonardo, e foi muito difícil fazer ele voltar p a vida...
ainda é...
então,
vez por outra eu p desabafar
escrevia e escrevia e escrevia e esperava...
acho q um pouco ele já voltou...
outra parte dele...a mais completa...a mais cheia de vida...a melhor parte dele
morreu com o filho...
mas acho q ele ainda é muito forte porque perder um filho é realmente uma dor que ninguém imagina e só quem passou por essa desgraça é que tem uma noção do que significa...
Mas continuo aqui...esperando q a vida ainda valha a pena p ele...por mim...por meus filhos q tbm são nossos...enfim pelo nosso amor...
Te amo meu marido...